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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Remo Vence e assume a Liderança

A intenção era ganhar e encantar. Não é exagero dizer que 50% do objetivo foi alcançado. O Remo até passou pelo América (AM) por 1 a 0, ontem, não antes de irritar os torcedores ao demonstrar uma fragilidade técnica e tática, principalmente, durante o primeiro tempo. Foi a bola rolar para observar a dificuldade de criação dos meias Canindé e Gilsinho. Ambos se movimentaram, trocaram de posições para combater a retranca do Mequinha do Amazonas. Contudo, não foram eficientes. Por vezes, o esquema implantado por Sérgio Duarte obrigou a composição de espaços com os 11 jogadores no campo de defesa.




Sem a inspiração dos armadores, uma alternativa era esperar o apoio dos laterais. Lima e Marlon também não estiveram bem no apoio. Outra opção era o recuo de Vélber ao setor de meio-campo, mas o Risadinha não conseguiu sair da marcação adversária como nos tempos áureos. No contra-ataque, ainda surgiram sustos do visitante. A trave até salvou o goleiro Adriano. O placar zerado e a produtividade renderam vaias no apito final do primeiro tempo.



Na etapa final, Heliton substitui Canindé e deu um gás ofensivo. Caiu pelas pontas, centralizou e perdeu uma chance claríssima após uma bola parada, executada por Gian. Já o América resolveu acreditar que a vitória era possível. Adiantou a marcação, avançou os laterais e, por pouco, não foi premiado. Dessa vez, o goleiro Adriano foi salvo pelo travessão. No lance, ele chegou a agradecer a apontar os dedos aos céus após a pouca eficiência do centroavante Charles.



Para a felicidade dos papais azulinos, o Leão foi mortal na resposta. Frio e calculista, Heliton inaugurou o marcador. Com o placar favorável e numa tarde pouca inspiração, era prudente valorizar o sistema de defesa. Sérios, os zagueiros Pedro Paulo e Ênio evitaram expor a meta de Adriano e concluíram a tarefa de assegurar mais três pontos.



Giba confia na melhora do rendimento



O treinador do Remo, Giba, defendeu a atuação da equipe. Na condição de líder do grupo, destacou um aspecto par a construção da vitória, que rendeu oito pontos em quatro jogos e, de quebra, a liderança do grupo A. “Me agradou a persistência. O adversário tornou o jogo difícil”, enfatizou.



A ressalva inicial deu o tom a sequência da sua coletiva à imprensa. “Tenho plena consciência de tudo o que precisa ser feito”, garantiu ao analisar os problemas detectados. “No tempo correto, vamos melhorando. Vamos melhorando o desempenho jogo a jogo. Tínhamos previsão disso”, afirmou sobre o rendimento abaixo do esperado.



Como argumento, Giba citou detalhes do planejamento de ordem física do clube. “Temos que considerar a adaptação de jogadores que vieram de São Paulo. Tem a questão da temperatura, da umidade”, citou, lembrando que a melhor partida azulina ocorreu contra o Cametá, na noite de uma segunda-feira. Respondendo a críticas sobre o aproveitamento tímido do ataque, o treinador disse que espera a evolução do setor de criação e ainda descartou a contratação do meia Isaías, destaque do Remo em 2006 e que estava no Mangueirão ontem. “Temos o Heliton, o Landu. Temos jogadores com características parecidas com as dele. Não adianta trazermos jogadores assim”.



Já no final das conversas com os repórteres, deu uma garantia. “Nós vamos subir o Remo, não sou político, não de promessas. Mas é que acredito no trabalho desenvolvido”.



Heliton tenta retomar seu espaço no time



Um tempo de ostracismo e o banco de reservas. Para piorar, uma lesão, os dias no departamento médico, distante dos treinos com bola. Foi um episódio um pouco dramático vivenciado pelo atacante Heliton. Ao ser acionado por Giba como uma opção para salvar o Remo de um tropeço no Mangueirão, ele poderia atuar de forma insatisfatória. Ele poderia justificar citando um propalado argumento de boleiros, “falta ritmo de jogo”. Por sorte e por competência, sobretudo, nada disso ocorreu. Heliton fez um gol, poderia ter feito outro e ter se isolado na artilharia de um time, com dificuldades ofensivas. Números que ganham força, principalmente, considerando o fato de ter atuado por em aproximadamente 48 minutos. Foi a sua estréia na Série D do Campeonato Brasileiro.



No discurso de comemoração, o atacante fez questão de citar o pai. “Foi uma homenagem ao meu pai e a todos os pais do Remo”. Crítico, assegurou que precisa evoluir. “Tenho que melhorar para seguir adiante com mais tranqüilidade”, frisou. O garoto de 21 anos também se esquivou de pressionar a comissão técnica, exigindo a titularidade. “Espero que sim, mas quem decide é o professor. Eu quero ajudar da melhor maneira possível, atuando pelas beiradas”.



De fato, Heliton se credenciou a um dos principais concorrentes ao posto do titular Landu, que machucado, assistiu o jogo das cadeiras do estádio e, solícito, tirou fotos com fãs. (Diário do Pará)

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